Uma proposta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem gerado grande preocupação entre mulheres e profissionais da saúde. A Consulta Pública N° 144, que está aberta até amanhã, sugere mudanças nas diretrizes para o rastreamento do câncer de mama, restringindo o acesso à mamografia de rastreio a partir dos 50 anos, em vez dos 40 anos como recomendado atualmente. Esta alteração, se aprovada, pode afetar milhões de mulheres que dependem do plano de saúde para a realização do exame.
A mudança proposta pela ANS é vista como um retrocesso no programa de rastreamento de câncer de mama, já que a maioria das operadoras de saúde segue atualmente as recomendações de sociedades médicas como a CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia), a SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia) e a FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), que defendem o rastreamento anual a partir dos 40 anos. A decisão de limitar esse direito para mulheres a partir dos 50 anos é considerada, por muitos, uma medida que comprometerá a detecção precoce e, consequentemente, a chance de cura de mulheres com câncer de mama.
Diante dessa ameaça, um movimento tem se formado para sensibilizar a sociedade e pressionar pela rejeição da proposta. A mobilização é liderada por mulheres, profissionais da saúde e entidades do setor, que chamam a atenção para a importância do rastreamento precoce para a redução das taxas de mortalidade. “Mudar a idade mínima para 50 anos é um retrocesso. O rastreamento a partir dos 40 anos é fundamental para a detecção precoce e o tratamento eficaz do câncer de mama”, afirmou uma das participantes da mobilização.
Para se posicionar contra a proposta, os cidadãos podem participar da consulta pública, acessando o link disponível nas redes sociais e preenchendo o formulário com suas informações e opiniões. O processo é simples e inclui a possibilidade de selecionar o tipo de contribuição (como paciente, profissional de saúde, familiar, entre outros), além de justificar a discordância com a proposta.
A consulta pública oferece um espaço para expressar o descontentamento e as razões para discordar da alteração proposta pela ANS. A mensagem de discordância deve ser clara e objetiva, e é possível basear a argumentação em evidências científicas que defendem a continuidade do rastreamento a partir dos 40 anos. A pressão popular, por meio de contribuições como essas, tem se mostrado um mecanismo eficaz para influenciar decisões de políticas públicas de saúde.
A consulta estará disponível até amanhã, e aqueles que desejam garantir que a proposta seja revista devem agir rapidamente. A mobilização continua, com a esperança de que a ANS reconsidere essa medida prejudicial à saúde das mulheres.
Participe, se posicione e ajude a garantir o acesso das mulheres à mamografia a partir dos 40 anos.
1. *Acesse o site da ANS* Entre no site oficial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS): [www.gov.br/ans](https://www.gov.br/ans).
2. *Encontre a Consulta Pública Nº 144* …
3. *Clique na opção de participação* …
4. *Preencha seus dados pessoais* …
5. *Deixe sua opinião CONTRA a proposta* …
6. *Envie sua contribuição*