Palestras promovidas pela AEAAR visam aperfeiçoar proposta para o Plano Diretor

A Câmara Municipal sediou na terça-feira (28), evento promovido pela Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Arujá e Região (AEAAR) visando ampliar sua contribuição para com a discussão do Plano Diretor do município. Na ocasião, à convite da entidade, o secretário Elvis Vieira de Planejamento Urbano e Habitação de Suzano e Alexandre Feijó da Silva, secretário de Planejamento de Itaquaquecetuba estiveram falando a um auditório lotado sobre o desafio e os resultados obtidos por suas cidades no diálogo com a população para elaboração do plano.

Há cinco anos, Suzano elaborou seu plano diretor visando o crescimento da cidade durante uma década. “Atualmente este plano diretor, que é a lei mais importante de uma cidade, tem cinco anos e podemos sentir que, embora não venham na velocidade esperada, os resultados estão acontecendo de acordo com as estratégias traçadas e que projetaram a cidade que queríamos. O resultado é lento, mas muito importante. E o melhor de tudo é que foi estabelecido com um trabalho de campo muito intenso, ouvindo as pessoas nos bairros em que moram e procurando atender a expectativa de crescimento destas localidades”.

Vieira destacou que graças a este plano diretor, a cidade conseguiu frear as ocupações irregulares em áreas de mananciais, atraiu mais empresas, criou vagas de empregos reduzindo a quantidade de pessoas que se deslocam para trabalhar em São Paulo. “Antes achávamos que elaborar um plano diretor era algo para um engenheiro, mas com o tempo vimos que ouvir os moradores, principalmente os que estão nos bairros mais distantes, tem grande valor. A visão da comunidade é importante para que possamos definir a estratégia de crescimento”, disse.

A mesma avaliação foi feita por Alexandre Feijó, que relatou que Itaquaquecetuba está com seu plano praticamente definido e com possibilidade de aprovação até março de 2024. “Em Itaquá a jornada foi longa e trabalhosa, porque nosso plano diretor está vencido desde 2006, nossa lei de ocupação de solo vencida desde 2008 e nosso código de obras é ainda de 1977. Tivemos que começar do zero, indo a campo para ouvir a população, coletar informações a fim de fazer um trabalho com a nossa visão da cidade. E a nossa visão é que Itaquá é, assim como Arujá, uma cidade geograficamente privilegiada, pois está próxima à Dutra, é cortada pela Ayrton Senna, acesso ao rodoanel e ainda conta com a linha férrea. Agora vamos ganhar um entreposto do Ceagesp, tudo isso precisa ser explorado de forma a que Itaquá não seja mais uma cidade dormitório, mas uma cidade desenvolvimentista e isso norteia o nosso plano diretor”,disse.

Participante do debate, a advogada arujaense Mônica Riad falou ao jornal de Arujá sobre a importância da participação popular. “Esta é a segunda lei mais importante da cidade e a maneira como ela organiza o crescimento do município impacta diretamente a vida do cidadão. O crescimento habitacional impacta a saúde, a educação e todos os outros setores, é preciso, portanto, que a população opine. Nós temos o Rodrigo Barreto, por exemplo, que sofre um grande problema fundiário e agora é o momento de pensar como solucionar o problema”.

Para o Abelzinho, presidente da Câmara Municipal e que prestigiou a palestra junto o vereador Luis Fernando “O que se está fazendo hoje é de suma importância, pois estamos pensando a Arujá do futuro, é planejar a cidade para os próximos 20 anos para que haja crescimento com qualidade de vida, por isso a discussão da sociedade é muito importante”.

O secretário Marco Valdanha representou o prefeito Luis Camargo neste evento e informou ao jornal que o Plano Diretor de Arujá está praticamente na fase de encerramento de sua elaboração. “Vamos fazer um pente fino com empresa contratada para ver aquilo que falta em termos de adaptação às leis estaduais e federais. Somos gratos a esta iniciativa da AEAAR e aos secretários de Suzano e Itaquá, afinal são cidades co-irmãs que têm muitos problemas em comum com Arujá. E todo esse conhecimento, a coleta de informações que fizemos estão direcionando o planejamento não só do Plano Diretor que é praticamente a nossa carta magna, mas também das leis complementares que são lei de ocupação e parcelamento de solo”, afirmou.

Articulador do evento, Glauton Machado Barbosa, presidente da AEAAR, disse ao jornal de Arujá que as palestras cumpriram o objetivo de trazer informações, ampliar a discussão e ofertar sugestões à elaboração do planejamento. “Sabemos que é um trabalho essencial que está sendo executado pela administração municipal e pela empresa contratada para este fim e achamos necessário dar uma contribuição com base na experiência destas cidades vizinhas, entendemos que faltava a cereja do bolo, e esperamos que o evento de hoje possa trazer esse desfecho positivo, o algo mais que estava faltando para sua conclusão”, finalizou.

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