Lucena mantém posição contra a descriminalização de jogos de azar

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O deputado federal Roberto de Lucena(PV) votou ontem contra o requerimento que solicitava a urgência da votação do projeto que prevê novo marco regulatório na Lei Geral do Turismo, visando entre outras coisas aumento de capital estrangeiro na aviação e companhias aéreas. Apesar de acreditar que a medida seja interessante para a economia como tudo aquilo que implementa o turismo, o deputado arujaense votou contrariamente ao PL pelo fato de que o mesmo inclui em um de seus itens a legalização dos cassinos.

Falando reportagem logo após a votação, ele esclareceu que é necessário ponderar sobre este projeto porque inclui alguns jabutis, que no jargão parlamentar significa “pegadinhas” legais.

“É um projeto que parece bom para a retomada do desenvolvimento, mas que traz embutido em um de seus artigos de seus artigos essa liberação dos cassinos. Por isso eu votei contra a urgência. Fiquei muito feliz porque esse requerimento caiu pela segunda vez. É possível que seja apresentado novamente amanhã ou na outra semana, mas já temos um acordo no colégio de líderes que a entrada em pauta para a votação na regulamentação da Lei Geral do Turismo só acontece com a eliminação desse jabuti, ou seja, desse item aleatório que acaba sendo perigoso por abrir portas para a volta da jogatina no país”, explica Lucena.

“O turismo é uma pauta prioritária para o desenvolvimento econômico nacional, por isso considero que este projeto é importante e sou favorável a que possamos estudar com calma e fazer o melhor, mas não aprovar a descriminalização dos jogos de azar, porque todos sabemos o que isso significa, uma vez que as famílias já vivem uma condição de fragilidade econômica e, embora muitos parlamentares defendam que os jogos fomentem empregos e melhorem a arrecadação, nós sabemos que o vício dos jogos destrói o patrimônio familiar.

Ele argumentou sobre os prejuízos que podem ser causados pela liberação dos jogos. Problemas na economia, saúde pública, emprego e na relação com os crimes que estão diretamente ligados aos jogos de azar. “A possibilidade de lavagem de dinheiro no país seria ainda maior, e isso é preocupação do Ministério Público, Polícia Federal e a nossa. Além disso, a maioria da população é contra a liberação da jogatina”, concluiu.

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