Importância histórica da Igreja do Baruel é tema de palestra

O conjunto da Capela de Nossa Senhora Piedade, onde fica a conhecida Igreja do Baruel, será tema de palestra nesta quarta-feira (31/01), às 18h30, no Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi (rua Benjamin Constant, 682 – Centro). A atividade, organizada pela Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com o Conselho Municipal de Cultura (Compac), tem o objetivo de apresentar a relação do espaço com o ciclo da mineração e traz como convidado especial o professor Marcílio Duarte, especialista no assunto. O evento é aberto a todos os públicos.

A palestra reforça as discussões que estão ocorrendo no município em torno do tombamento da Igreja do Baruel, que tem proporcionado o aprofundamento dos estudos sobre a ocupação do território em que foi formada a sociedade suzanense. As informações que serão compartilhadas revelam a importância regional da comunidade do Baruel na época da colonização do Brasil.

Os estudos demonstram que a primeira igreja construída, ainda de taipa, foi resultado dos anseios da sociedade que vinha se formando a partir da mineração. No século XVII foi encontrado ouro de aluvião, que era encontrado em encostas de rios e lagos, nas proximidades do que hoje é o Baruel. Como consequência da concentração de mineradores, e diante da necessidade de um local para professar a fé dos habitantes, foi instalada a capela no entorno da comunidade.

As pesquisas do professor também comprovam documentalmente a relação da habitação do entorno da capela de Nossa Senhora Piedade e da capela do Pilar, onde hoje fica a cidade Ribeirão Pires, que faz parte do mesmo processo de ocupação durante o período abordado. O trabalho mostra a conexão histórica entre as cidades, que ocupavam o território da antiga sesmaria de Brás Cubas, cuja ocupação advém, num primeiro momento, de grandes conflitos pela posse da terra entre indígenas e os portugueses.

A presidente do Compac, Cind Octaviano, ressaltou que a palestra contribui com um resgate histórico relevante, mostrando como a Igreja do Baruel era importante no contexto da ocupação dos colonizadores. “Essa atividade vem ao encontro da necessidade apontada pela Secretaria de Cultura de Governo de São Paulo, de se construir núcleos de patrimônio no Estado, segundo as especificidades regionais”, disse a presidente.

O vice-prefeito e secretário municipal de Cultura, Walmir Pinto, afirmou que Suzano vem se tornando uma referência no trabalho de valorização dos seus patrimônios históricos. “Temos tido grandes avanços nesta área. Depois do tombamento da Academia de Judô Terazaki e do Conjunto Histórico da Fazenda Sertão, estamos caminhando para consolidar novos processos, que podem incluir nessa lista o primeiro Paço Municipal, na rua Campos Salles, e a Igreja do Baruel. A valorização deste trabalho mostra nossa preocupação em garantir o resgate de nossa história, que reforça nossa identidade”, destacou Walmir.

 

Crédito das fotos: Wanderley Costa/Secop Suzano

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