Curso Promotoras Legais Populares encerra primeiro mês de atividade

Curso Promotoras Legais Populares encerra primeiro mês de atividade

Foram realizadas quatro palestras com os temas Naturalização do Machismo, História do Movimento Feminista no Brasil, Direito Constitucional e Os Três Poderes

O VI Curso de Promotoras Legais Populares de Suzano encerrou nesta terça-feira (27/03) seu primeiro mês de atividade. As mais de cem alunas participaram de quatro palestras sobre Naturalização do Machismo, História do Movimento Feminista no Brasil, Direito Constitucional e Os Três Poderes. Os encontros contaram com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

A capacitação, que tem como madrinha a primeira-dama Larissa Ashiuchi, começou em 8 de março, quando foi celebrado o Dia Internacional da Mulher, e visa orientar as suzanenses sobre cidadania e conceitos de igualdade de gênero e respeito, além de enaltecer os seus valores humano, social, político e econômico.

Na aula inaugural, o público feminino assistiu a uma palestra sobre a “Objetificação da mulher e a naturalização do machismo”, que foi comandada pela advogada Rosana Chiavassa. Na oportunidade, a palestrante mostrou peças publicitárias de importantes marcas que enaltecem a desigualdade de gênero e suas influências na construção da sociedade contemporânea.

Já no dia 13 de março, foi a vez de uma das principais militantes da causa feminista no Estado de São Paulo, Maria Amélia de Almeida Teles, palestrar sobre “A História do Movimento Feminista do Brasil”.  Durante o encontro também foi discutida sua atuação desde 1970 no movimento feminista brasileiro; no trabalho como uma das fundadoras da União de Mulheres do Município de São Paulo; e na Comissão da Verdade do Estado, com foco nas questões de memória, justiça e violência de gênero.

Para o terceiro encontro, as alunas passaram a entender um pouco mais sobre a organização do Estado e a democracia, contando com a aula de “Direito Constitucional”, com o advogado e vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Subseção Suzano, Fabricio Ciconi. A ideia foi apresentar os princípios e as normas que organizam o Estado, os poderes, os órgãos públicos e os direitos individuais e coletivos.

Ciconi foi sequenciado, na noite desta terça-feira (27/03), com a palestra da juíza Érica Marcelina Cruz, que tratou dos Três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. A responsável pelo Anexo da Violência Contra a Mulher de Suzano falou sobre a funcionalidade de um Estado, uma vez que em sua estrutura e organização existem três poderes políticos que norteiam as ações. Ao fim, Érica também falou sobre a Lei Maria da Penha (lei federal nº 11.340).

De acordo com a coordenadora do projeto, a advogada Sandra Lopes Nogueira, o curso Promotoras Legais tem um roteiro de aulas que foi iniciado com explicação sobre o machismo e a funcionalidade do feminismo e seguiu para a aula de uma mulher que sofreu na pele a violência. “Com as palestras e orientações quanto aos malefícios da desigualdade de gênero, passamos a mostrar como o Estado funciona e questões de direitos das mulheres. Todas nós somos protegidas por lei e é por este motivo que estamos apresentando ponto a ponto da democracia”, argumentou.

Segundo Larissa, o curso teve uma boa adesão, contando com mais de cem participantes, entre elas suzanenses surdas e mudas, bem como de mulheres trans. “Nossa capacitação tem o objetivo de formar multiplicadoras dos direitos humanos e que lutem pela igualdade de gênero. Para que todas sejam contempladas, temos uma pessoa que faz a tradução para Libras para cinco alunas do Promotoras Legais. E essa é nossa meta: trabalhar para tornar Suzano uma cidade mais igualitária, que fomente a irmandade e que valorize o público feminino”, concluiu.

A edição 2018 do Promotoras Legais Populares é ministrada uma vez por semana – às terças-feiras – entre 18h30 e 20h30, no Auditório Orlando Digenova, do Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi (rua Benjamin Constant, 682, no centro).

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