Com previsão de um dos maiores surtos de Dengue para os primeiros quatro meses deste ano, o Brasil registrou 899 mil casos da doença, 201 mil em São Paulo durante o período de janeiro a abril, considerado o mais crítico para eclosão do Aedes Aegypti. Preparada para o enfrentamento da Dengue, Arujá fugiu a estas estatísticas, registrando praticamente a mesma média do ano passado. Em 2022 foram notificados 27 casos positivos da doença e este ano, aguardando ainda algumas confirmações, a Secretaria Municipal de Saúde já tem certeza de que a cidade não contabilizará mais que 35 casos.
De acordo com o secretário de Saúde Leonardo Reis, a equipe trabalhou em três frentes estratégicas para evitar o grande surto previsto. “Em janeiro começamos a desenvolver a operação cidade limpa, com o recolhimento de inservíveis em todos os bairros. Tiramos das ruas 13 toneladas de materiais que seriam abrigo para o Aedes e depois disso ampliamos a pulverização de biolarvicida, o popular Fumacê. Além disso, em cada localidade onde se registrou um caso suspeito de Dengue nós intensificamos bloqueio ao mosquito, através de inseticida”, disse.
Danilo Silva, secretário adjunto, fez questão de estabelecer a diferença entre as substâncias utilizadas no fumacê e no bloqueio sanitário. “Nós só trabalhamos com o larvicida bio defensivo que é totalmente inofensivo para as pessoas e para os animais e isso foi uma exigência do nosso prefeito. Uma substância que só é letal aos mosquitos. Quanto ao inseticida que é pulverizado nas regiões onde houve registro da doença o produto é regulamentado pelo Ministério da Saúde e quando é pulverizado no quintal das residências a equipe sai batendo de porta em porta pedindo aos moradores para saírem de casa com seus animais de estimação por 15 minuto, para eliminar qualquer risco”, destacou.
Outro detalhe neste enfrentamento ao Aedes foi a criação do comitê da Dengue. “Desde janeiro este comitê formado por nossos funcionários de rua e por pessoas que dedicam o seu tempo a planejar ações para exterminar o mosquito vem se reunindo uma ou duas vezes por semana, a fim de planejar a operação semanal de combate ao mosquito. Além disso, estamos trabalhando para estabelecer o diagnóstico do paciente o mais rápido possível a fim de que ele receba o tratamento o quanto antes”, explicou o secretário.
O ciclo deste ano está praticamente terminando, mas a equipe junto com o comitê, continua pesquisando tecnologias para conseguir garantir um diagnóstico em tempo menor. “Em todas as cidades brasileiras a média é a mesma, mas com apoio do prefeito Luís Camargo nós estamos trabalhando para que no próximo ciclo previsto da Dengue, no ano que vem, nós tenhamos novidades e possamos contar com a tecnologia ao nosso favor para bloquear o ciclo do mosquito.
Em Arujá todos os pacientes acometidos pela Dengue foram tratados e obtiveram plena recuperação. “Claro que precisamos continuar contando com a colaboração da população procurando evitar focos de água parada que se tornam o habitat do mosquito. Mas uma coisa é certa com a criação do comitê, que se reúne uma ou duas vezes por semana, sempre procuramos planejar a melhor maneira de vencer o mosquito e manter a cidade a salvo de um surto de Dengue”, conclui Leonardo Reis.