Na segunda-feira, 26 de agosto, a Polícia Civil de Arujá desencadeou uma operação que resultou na prisão de um subtenente reformado do Exército Brasileiro, acusado de vender munições de guerra para criminosos no Rio de Janeiro. A ação ocorreu em Osasco, na residência da namorada do suspeito, onde foram encontradas diversas armas e munições.
O delegado Jaime Pimentel, titular da Delegacia de Polícia local, informou ao Jornal de Arujá que a prisão é o desfecho de uma investigação iniciada há aproximadamente um ano. O inquérito começou quando duas mulheres foram detidas pela Polícia Rodoviária Federal em um ônibus de viagem. Elas transportavam 3 mil munições de fuzil calibre 7.62 e foram levadas à Delegacia de Arujá.
Durante a investigação, a polícia descobriu, por meio das mensagens de celular das mulheres, que elas eram intermediárias de um grupo criminoso no Rio de Janeiro e obtinham as munições de um indivíduo conhecido como “coroa” em São Paulo. As mulheres foram liberadas durante a audiência de custódia, mas o trabalho investigativo continuou. A polícia descobriu que as entregas de munições eram feitas em um Renault Kikcs vermelho, de propriedade do suspeito e logo chegou até ele.
“Analisando as mensagens e monitorando as atividades do suspeito, conseguimos identificar que o subtenente reformado estava envolvido no repasse de munições de guerra para o crime organizado. Uma munição de fuzil 7.62 é extremamente letal e sua circulação representa um grave risco para a segurança pública, pode significar a morte de muitas pessoas de bem,” explicou o delegado Pimentel.
Com base nas evidências coletadas, a Justiça concedeu um mandado de busca e apreensão, que foi cumprido com sucesso nesta segunda-feira. “Foi uma grande satisfação retirar esse homem e essas armas das ruas. Nossa ação visa proteger a população, especialmente em locais onde o risco de violência é elevado,” acrescentou o delegado que continua investigando para ver se as transações do suspeito seriam com o Comando Vermelho, PCC ou para as milícias.
O subtenente reformado foi conduzido para uma cadeia militar, conforme o regulamento do Exército. A operação destaca o empenho das autoridades em combater o tráfico de armas e garantir a segurança pública.