Ao ser questionado pelo Jornal de Arujá, durante inauguração do Bosque do Real, sobre os impactos do tarifaço na economia do município,o prefeito Luís Camargo externou seu desapontamento com a atitude do governo norte-americano, afirmando que “não se pode misturar a questão política com a questão econômica”. Para ele, o Brasil cometeu, nas últimas três décadas, o erro estratégico de “manter todos os ovos na cesta americana”, sem buscar novos parceiros comerciais, e agora sofre as consequências da falta de diversificação.
Apesar de reconhecer que haverá reflexos sobre empresas, emprego e renda, Camargo disse acreditar que o governo federal deve adotar mecanismos de assistência semelhantes aos criados durante a pandemia, dialogar com os Estados Unidos, ampliar mercados, especialmente no Mercosul, China e Índia e conceder subsídios para exportadores. “Tenho muita fé que isso vai acontecer”, declarou, acrescentando que o diálogo internacional e a abertura comercial serão fundamentais para absorver o impacto e garantir a sustentação da economia.
O prefeito também destacou que, mesmo em um cenário econômico instável, trabalha para manter o cronograma de entrega do hospital municipal. “Estamos em vias de iniciar a quarta laje e acredito que vamos conseguir entregar dentro da previsão inicial, que é no final de 2026. Todavia, começamos aí uma parte desafiadora, na qual vamos precisar de investimentos do governo do Estado e do governo federal para equipar esse hospital, que, com esta magnitude, ou seja, dez mil metros quadrados e cem leitos, beneficiará não só Arujá, mas todo o Alto Tietê”, disse.