Anadem chama a atenção para o alto índice de suicídio entre crianças e adolescentes

A Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética destaca a importância de medidas preventivas

O diálogo sobre saúde mental ganha cada vez mais espaço frente aos desafios da área e à crescente necessidade de conscientização sobre o tema. No Brasil, dados indicam que 38 pessoas atentam contra a própria vida diariamente, o que provocou um aumento de 43% nos índices entre 2010 e 2019. Hoje, o suicídio já é a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no País.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal, campanhas como o Setembro Amarelo são fundamentais e precisam ser cada vez mais estimuladas: “As pessoas precisam saber que não estão sozinhas e que há lugares especializados para tratar este tipo de condição. Depressão, ansiedade, crise do pânico, como dizem, ‘não é frescura’. É algo realmente sério e que precisa ser encarado e tratado como tal”, afirma.

Entre 2016 e 2021, os casos de suicídio entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos aumentaram 45%, número alarmante. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, 1.563 meninos e meninas dessas faixas-etárias tiraram a própria vida entre 2012 e 2021. “Antes do tratamento em si, é importante dar um passo para trás e entender a causa disso. É preciso entender os motivos que levam crianças a cometer este ato”, afirma Canal.

No Senado, há o Projeto de Lei (PL no 1773/2022) que cria a Política Nacional de Combate ao Suicídio de Crianças e Adolescentes, que busca convergir forças do Estado, instituições, profissionais de saúde e sociedade para enfrentar essa questão de maneira responsável, colaborativa e, principalmente, preventiva. Há outro projeto também que garante o acesso a programas de saúde mental dirigidas a esse público.

Atualmente, os adolescentes podem contar com o Programa de Atenção Integral à Saúde do Adolescente, que oferece uma agenda diferenciada, com equipe multiprofissional composta por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, dentistas, educadores, entre outros.

 

Fique atento

Familiares e amigos têm um papel fundamental no combate ao suicídio. Mudança de comportamento, isolamento social, evitar toques e abraços, comentários autodepreciativos e não sustentar o olhar são alguns dos sinais de quem está com a sua saúde mental abalada.

É possível buscar ajuda e tratamento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), nos Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), Unidades de Acolhimento (UAs), Equipes Multiprofissionais de Atenção Especializada em Saúde Mental (Ament) e no Centro de Valorização da Vida (CVV), por meio do telefone 188 ou pelo site: cvv.org.br .

 

Anadem

A Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) foi criada em 1998. Enquanto entidade que luta pela categoria de seus direitos, promove o debate sobre questões relacionadas ao exercício da medicina, além de realizar análises e propor soluções em todas as áreas de interesse dos associados, especialmente no campo jurídico. Para saber mais, clique aqui.

 

 

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