Quase duas décadas de muita camaradagem, brincadeiras e amizade unem os idosos que freqüentam a Pracinha do Ginásio de Esportes, no Parque Rodrigo Barreto. Há 17 anos, dezenas de idosos ali se reúne para animadas partidas de damas.
É claro que o jogo de damas é apenas uma “desculpa” para reunir os jovens senhores que lá podem desfrutar de momentos de descontração e combater, por meio da recreação e do bem estar emocional, qualquer enfermidade psicológica que possa atrapalhar.
“Temos alguns freqüentadores jovens, mas são bem poucos. A maioria aqui é formada de jovens da terceira idade mesmo”, brinca Zé Gomes, um rapaz de 78 anos. Os jogos de damas e dominós são apenas por lazer, eles fazem apostas mas apenas para deixar mais divertido.
“Mas não saí nenhuma briga aqui, a gente se respeita. O importante é brincar e reunir todo o nosso pessoal”, diz Ilton, 75 anos. “A gente joga por lazer, e não por dinheiro. As apostas servem apenas pra deixar tudo mais divertido”, destacou Zé Gaspar, 71 anos.
De acordo com Francisco Neto, a maior parte do grupo é formada por aposentados e idosos que já contribuíram com a sociedade e hoje estão vivendo um momento diferente, já com suas obrigações familiares cumpridas e todo o trabalho feito em favor das atuais gerações.
A Pracinha é conhecida pelos freqüentadores por um nome, no mínimo, curioso: a Praça do Pau Mole. Porém, os idosos ali se apressam em explicar, o apelido não é uma zombaria sobre o desempenho amoroso ou o vigor físico dos seus freqüentadores.
“Muito pelo contrário, este é um grupo de jovens da terceira idade em atividade. O Pau Mole se refere a árvore que nos dá sombra, e que na época em que foi plantada, muito tempo atrás, parecia apenas um pau mole mesmo. A gente tem que explicar”, diverte-se Zé Gomes.
