_Estimativa da Setur-SP é que fluxo de turistas em 13 municípios do interior triplique e movimente R$ 523 milhões por ano_
Em uma iniciativa inédita e investimento de R$ 30 milhões, o Governo do Estado de São Paulo e a Secretaria de Turismo e Viagens inauguram, nos dias 17 e 18 de fevereiro, as primeiras estruturas náuticas de uso público do Estado de São Paulo. Elas foram instaladas em três municípios do noroeste paulista: Pereira Barreto, às margens do Tietê, e nas praias de água doce do volumoso Rio Paraná, nos destinos turísticos de Rubineia e Três Fronteiras, na divisa com o Mato Grosso do Sul.
A entrega das estruturas náuticas é resultado de um plano de desenvolvimento de grande impacto para 13 municípios do interior paulista: Avaré, Fartura, Pederneiras, Piraju, Sales, Timburi, Mira Estrela, Presidente Epitácio e Rosana, além dos três já citados. As inaugurações das próximas estruturas náuticas estão previstas para os próximos meses.
São passarelas, píeres flutuantes e sistemas de ancoragem, além de estruturas em terra que geram empregos e um amplo impacto na economia do município. Se considerados os 13 municípios beneficiados pelos investimentos, o número de turistas e excursionistas, que atualmente não ultrapassa 1,82 milhão por ano, deve subir para 3,12 milhões até 2032. Já a movimentação financeira direta e indireta nestes municípios deve triplicar. Passará dos R$ 138 milhões por ano para mais de R$ 523 milhões no mesmo período, segundo projeção do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET).
São Paulo tem um dos maiores potenciais para o turismo náutico do continente. São 4.200 Km de rios navegáveis e mais de 50 grandes reservatórios cercados por vegetação, além de 880 Km de costa marítima. “O turismo náutico é uma forma sustentável de desenvolver um destino e aproveitar as riquezas naturais que ele possui, além de promover a consciência ambiental e gerar emprego e renda para a população”, afirma Roberto de Lucena, secretário de Turismo e Viagens de SP.
A falta de infraestrutura náutica adequada, o que inclui marinas, píeres e rampas públicas, é um dos principais fatores que inibem o crescimento do setor náutico em SP. Ao classificar as estruturas náuticas como infraestruturas de interesse público, a Setur-SP induz o desenvolvimento de toda a cadeia, com amplo impacto socioeconômico.
*SETOR EM ALTA*
O turismo náutico cresceu no Brasil e no mundo nos últimos anos, especialmente durante a pandemia. A procura por ambientes abertos e pelo contato com a natureza elevaram a procura dos turistas a fazerem a locação de barcos, lanchas e motos aquáticas, de acordo com dados da Associação Brasileira de Construtores de Barcos e Implementos (Acobar), com crescimento de 10% ao ano, nos últimos cinco anos.
Estima-se que uma instalação de apoios náuticos para 300 embarcações tenha impacto direto, indireto e induzido de R$ 141 milhões por ano na economia local e garanta 780 postos de trabalho, de acordo com a Acobar e a Lidera Consultoria. Os empregos são gerados de forma direta e indireta em instalações como marinas, estaleiros, fabricantes e fornecedores de embarcações, além de hotéis, restaurantes e comércio local.
*POTENCIAL E INVESTIMENTOS PÚBLICOS*
O Programa de Estruturas Náuticas do Governo de SP item a finalidade de atender as necessidades da navegação de esporte, turismo e lazer. Também contribui com o uso sustentável das águas paulistas, organizando a entrada e saída das embarcações e mantendo a biodiversidade ambiental em suas margens. O programa ainda é indutor de investimentos, estruturação e fomento, com foco no aumento de fluxo turístico, receita e empregos nos municípios, a partir da qualificação da atividade náutica.
Com o Programa foi lançada uma cartilha com o passo a passo de como implantar uma infraestrutura náutica e uma página com informações com as disponibilidades de atividades para o turista usufruir do turismo náutico no Estado. Ainda este semestre, o turismo náutico se torna política pública com a aprovação do Plano Estadual de Turismo Náutico de SP, construído em colaboração com os municípios, empreendedores e população.