Adolescente com TEA se machuca em desafio viral em condomínio no bairro do Portão

Um adolescente de 15 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sofreu um acidente enquanto participava de um desafio viral comum entre jovens. O incidente ocorreu em um condomínio no Bairro do Portão, onde o jovem, incentivado por colegas, tentou segurar a respiração e se levantou rapidamente, perdendo o equilíbrio e batendo a cabeça em uma barra de concreto.

O acidente aconteceu após o adolescente repetir o desafio duas vezes. Na segunda tentativa, ele ficou zonzo e, ao se levantar, caiu e sofreu um extenso sangramento na cabeça, perdendo os sentidos. Assustados, seus amigos imediatamente chamaram os pais do jovem, que o levaram ao Pronto Socorro. Após passar por exames, ele recebeu dois pontos no couro cabeludo.

A mãe do adolescente, Regiene Santos, uma comerciante local, expressou sua preocupação com a situação e fez um apelo aos pais de outras crianças e adolescentes. “Foi um milagre não ter acontecido algo pior. Meu filho tem dificuldades para discernir certas brincadeiras devido ao autismo. Não quero julgar nossos vizinhos, pois eles ficaram muito preocupados, mas é fundamental que os pais estejam cientes do que está acontecendo com seus filhos. Precisamos orientar melhor as crianças sobre os perigos desses desafios da internet”, afirmou Regiene, ressaltando a importância de supervisionar o que seus filhos consomem online.

Para entender melhor a atração que os adolescentes têm por esse tipo de desafio, conversamos com a psicóloga Ana Paula Mendes. Segundo ela, “os adolescentes muitas vezes buscam aceitação social e se sentem pressionados a participar de atividades que parecem emocionantes, mesmo que sejam arriscadas. Isso pode ser amplificado em grupos, onde a vontade de se encaixar e não ser excluído pode levar a decisões impulsivas.”

Ana Paula destaca ainda que, “para os jovens com TEA, a compreensão dos limites e dos riscos pode ser ainda mais desafiadora. É essencial que os pais e educadores promovam diálogos sobre segurança e os perigos das influências da internet, além de reforçar a importância de pensar criticamente sobre as atividades que parecem divertidas, mas podem ser prejudiciais.”

Regiene concluiu seu apelo com um pedido de vigilância e cuidado. “Precisamos estar atentos ao que nossos filhos estão vendo e fazendo. A prevenção é fundamental para que não aconteçam mais acidentes como o de meu filho.”

O incidente serve como um alerta sobre os riscos associados a desafios virais e a necessidade de conscientização e diálogo entre pais e filhos sobre o que se encontra nas redes sociais.

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