Durante a solenidade de entrega de escrituras de imóveis legalizados, realizada no sábado (13), no Ginásio de Esportes Habib Tannuri, o prefeito Luís Camargo anunciou avanços importantes em obras estruturantes do município, com destaque para o Hospital Geral de Arujá e a futura via perimetral.
Segundo o prefeito, a empresa Multisul Engenharia, vencedora da licitação, já se prepara para o assentamento da última laje do Hospital Geral, cuja construção teve início em 2024 e tem previsão de entrega para 2026. Apesar das dificuldades impostas pelas condições climáticas, a obra segue dentro do cronograma. O hospital contará com cerca de 100 leitos de internação, UTI e pronto-socorro, o que deve reduzir significativamente o deslocamento de moradores de Arujá para atendimentos em hospitais de outras regiões. Camargo informou ainda que a Prefeitura mantém tratativas com o Governo do Estado para viabilizar os investimentos necessários à equipagem da unidade.
Outro anúncio feito pelo prefeito Luis Camargo foi sobre a construção da via perimetral. De acordo com ele, o projeto já está concluído e a expectativa é que a primeira etapa da obra seja finalizada até meados de 2026. O trecho inicial ligará o entorno do Terminal Rodoviário do bairro Rodrigo Barreto à Estrada do PL, criando um novo acesso que facilitará o deslocamento de quem segue em direção à Rodovia Presidente Dutra, Itaquaquecetuba ou Guarulhos, sem a necessidade de passagem pelo Centro da cidade. A via também terá conexão com a rua Sinji Hirose, contribuindo para a redução do tráfego na região central.
Na ocasião, Luís Camargo destacou ainda o trabalho da Secretaria Municipal de Habitação, comandada por Vinícius Pateta, responsável pela liberação de mais 100 escrituras, beneficiando moradores dos bairros Barbosa, Emília, Jacarandá, Josely, Retiro e Rodrigo Barreto. “Desde que assumimos a Prefeitura, já emitimos 1.400 escrituras. Com as entregues hoje, chegamos a 1.500. Nossa expectativa é viabilizar mais 500 até 2026, pois isso é de grande importância para a população”, afirmou.
Ao Jornal de Arujá, o prefeito também ressaltou que o secretário Vinícius Pateta trabalha para viabilizar a construção de 141 unidades habitacionais prometidas pelo Ministério das Cidades, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, reforçando o compromisso da administração municipal com a ampliação do acesso à moradia no município.
O prefeito Luís Camargo informou que, no momento, o Governo Federal enfrenta restrições orçamentárias para novos investimentos habitacionais, conforme sinalizações da própria Caixa Econômica Federal. Diante desse cenário, a Prefeitura de Arujá iniciou tratativas com a Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo, com boas perspectivas de viabilizar o projeto habitacional por meio do programa Cidade Paulista. Segundo disse, a área destinada ao empreendimento já foi disponibilizada e doada, com toda a parte técnica pronta para o início das obras assim que o convênio for formalizado.
Ao Jornal de Arujá, Camargo também avaliou o contexto financeiro enfrentado pelo município ao longo de 2025. Ele classificou o período como um dos mais difíceis dos últimos anos, em razão do travamento das chamadas emendas Pix no início do ano, do atraso na aprovação do Orçamento da União e da demora nos repasses federais e estaduais.
“Ativamos o modo sobrevivência e trabalhamos apenas com as prioridades, sem recursos externos, utilizando exclusivamente o orçamento próprio do município”, afirmou.
O prefeito destacou ainda que, com a virada do ano, algumas emendas estaduais que estavam retidas começaram a ser liberadas. A expectativa da administração municipal é de que, até março de 2026, Arujá retome o ritmo normal de investimentos, com melhora no cenário financeiro.
Sobre a Reforma Tributária, Camargo avaliou que o município não deverá sofrer impactos significativos no curto prazo. Segundo ele, os efeitos só devem ser sentidos após um ou dois anos de implementação. Além disso, explicou que atualmente 25% do tributo gerado pelas vendas das empresas fica com os municípios, enquanto, com a nova regra, 25% do imposto sobre as compras realizadas pelas empresas passará a compor a arrecadação municipal. “Arujá tem uma boa parcela de empresas de transformação, por isso estamos confiantes de que não haverá impacto negativo para a cidade”, concluiu.